O legado de Netanyahu: segurança ou isolamento?
Por Kamel Hawwash – Redigido por Paulo Roberto
Fonte: Al Jazeera
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro mais longevo de Israel, construiu sua liderança em torno da promessa de segurança total. No entanto, suas ações — como os ataques massivos a Gaza e operações militares em diversos países da região — têm deixado Israel cada vez mais isolado no cenário internacional.
A visão de Netanyahu rejeita a criação de um Estado palestino, que ele considera uma ameaça à existência de Israel. Essa postura guiou operações que destruíram bairros inteiros em Gaza, mataram milhares de civis e geraram denúncias de crimes de guerra e genocídio por organismos internacionais, como o Tribunal Penal Internacional.
Mesmo diante de processos e mandados de prisão, Netanyahu sustenta que sua estratégia é essencial para proteger o país. Seus acordos com países árabes, como os Acordos de Abraão, priorizaram alianças estratégicas e ignoraram os palestinos.
Porém, o resultado tem sido um aumento da condenação global. Termos como “apartheid” e “colonialismo” agora integram o vocabulário de parlamentos, universidades e mídia, ampliando o desgaste internacional de Israel.
Netanyahu busca um legado de força e controle. Mas pode ser lembrado como o líder que aprofundou o isolamento diplomático e comprometeu a legitimidade de Israel diante do mundo.
Fonte: Al Jazeera | Texto original por Kamel Hawwash | Adaptação por Paulo Roberto