Conflito entre Israel e Irã chega ao nono dia sem trégua; ONU alerta para risco de escalada incontrolável

Data: 2025-06-21
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O confronto armado entre Israel e Irã completa hoje nove dias consecutivos de ataques, sem qualquer sinal de contenção por parte dos envolvidos. A Organização das Nações Unidas (ONU) teme que a continuidade das hostilidades leve a um descontrole generalizado da situação no Oriente Médio.


Redação: Paulo Roberto | Fonte: G1

Publicado em: 21/06/2025 – 04h26 | Atualizado


Durante pronunciamento na sexta-feira (20), o secretário-geral da ONU, António Guterres, fez um apelo enfático para que ambos os lados — e quaisquer países que considerem se envolver — busquem o diálogo: “Este é um ponto crítico da história. Um momento de escolhas que podem definir o destino não só das nações envolvidas, mas de todos nós.”


Guterres também alertou que uma escalada no conflito pode “acender uma chama impossível de apagar”.


Enquanto isso, Rafael Grossi, diretor da Agência Internacional de Energia Atômica, demonstrou preocupação com os ataques a instalações nucleares, afirmando que ações desse tipo podem gerar vazamentos radioativos com impactos que atravessam fronteiras.


🌍 Entenda o cenário atual do conflito

A ofensiva começou em 13 de junho, após Israel declarar que realizaria uma operação militar com o objetivo de desmantelar o programa nuclear iraniano. Desde então, ataques de ambos os lados têm ocorrido quase diariamente.


Principais pontos do embate:

Israel acusa o Irã de estar prestes a concluir o desenvolvimento de uma arma nuclear e, por isso, iniciou bombardeios a centros de pesquisa, bases militares e líderes iranianos.


O Irã respondeu com mísseis direcionados a cidades como Tel Aviv, Jerusalém e Haifa.


O número oficial de mortos ultrapassa 240, com milhares de feridos. Entidades independentes sugerem que os números reais podem ser ainda mais alarmantes.


Os Estados Unidos monitoram de perto a situação e consideram intervir diretamente.


📅 Linha do tempo dos principais acontecimentos

13 de junho (sexta-feira)

Israel iniciou a ofensiva "Leão em Ascensão", alegando que seu objetivo era prevenir a consolidação do programa nuclear iraniano. Bombardeios atingiram a instalação de Natanz, considerada estratégica.

Ao menos 20 líderes militares iranianos, seis cientistas nucleares e centenas de civis morreram.


14 de junho (sábado)

Em resposta, o Irã lançou mísseis sobre diversas cidades israelenses. Ramat Gan foi um dos locais atingidos. Os EUA ajudaram a interceptar parte dos mísseis, mas negaram participação direta.

O ataque gerou reações globais e levou o Brasil a pedir o fim das hostilidades.


15 de junho (domingo)

Israel intensificou os bombardeios, mirando infraestrutura de energia e alegando ter atrasado o avanço nuclear do Irã.

O Irã, por sua vez, disse que não aceitará cessar-fogo enquanto estiver sob ataque.


17 de junho (terça-feira)

A Guarda Revolucionária do Irã atacou alvos de inteligência israelense em Tel Aviv. Ao mesmo tempo, Israel conduziu uma “guerra cibernética” para desestabilizar sistemas iranianos.

Os EUA, até então atuando nos bastidores, passaram a avaliar seriamente uma entrada direta no conflito.


19 de junho (quinta-feira)

O presidente Donald Trump declarou que tomaria uma decisão sobre o envolvimento dos EUA “nas próximas duas semanas”.

Nesse mesmo dia, o hospital Soroka, no sul de Israel, foi atingido, deixando 71 feridos.


20 de junho (sexta-feira)

Reuniões diplomáticas foram realizadas em Genebra, com representantes do Irã e da União Europeia. Sem acordo, as partes divulgaram declarações divergentes.

Enquanto isso, o Irã atacou uma mesquita em Haifa e Israel voltou a mirar instalações militares — embora Teerã alegue que civis continuam sendo os maiores afetados.


☢️ A questão nuclear no centro da disputa

O maior ponto de tensão gira em torno do programa nuclear iraniano. Israel afirma que Teerã está próximo de desenvolver uma bomba atômica, o que representa uma ameaça direta à sua existência.

Netanyahu tem reafirmado que “não medirá esforços” para evitar que o Irã se torne uma potência nuclear.


⚠️ Riscos de uma guerra em larga escala

Analistas veem a entrada dos EUA como um divisor de águas. Um movimento nesse sentido poderia transformar o embate regional em um conflito de grandes proporções.

O Irã já declarou que retaliaria contra bases americanas no Oriente Médio em caso de apoio direto a Israel.


💬 Declarações recentes

"O mundo precisa agir agora. Não podemos deixar que esse conflito se torne incontrolável", declarou Guterres.


"Estamos enfrentando um inimigo que ameaça não apenas Israel, mas toda a ordem mundial", afirmou Netanyahu.


"O sangue iraniano não será derramado em vão. As consequências serão graves", ameaçou o aiatolá Ali Khamenei.


🔁 Conclusão

O conflito entre Israel e Irã atinge seu nono dia sem perspectiva de cessar-fogo. A comunidade internacional acompanha com apreensão, temendo que a situação escape do controle e traga impactos devastadores para toda a região — e além dela.


Matéria baseada em informações do G1. Redação: Paulo Roberto.

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